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13 de julho.

preciso muito de dizer-te tudo, tudo o que tem vagueado dentro de mim todos os dias, mesmo estes, que têm parecido tão longos ao estar longe de ti.
há dias em que me parece que não preciso, parece que já sabes tudo, que lês em mim tudo o que te quero dizer quando a coragem falha. é como se quando estivesse contigo o resto não existisse.
é verdade que te devo muito, por tudo o que fizeste e fazes por mim, para me ver bem, segura. por me teres feito crescer mais um bocado e sentir-me finalmente bem comigo mesma, esse trabalho era meu, eu sei, mas tu ajudaste tanto.
aprendi a lidar contigo, ou melhor, connosco. aprendi a lidar com a tua presença e as nossas conversas, com a tua ausência e as nossas saudades. estes dois meses, ajudaram-me a compreender muita coisa, entendes? ajudaram-me a entender que estás presente em tudo aquilo que eu sou, em tudo aquilo que faço.
já te disse, bem baixinho, que me dás asas sempre que quero voar e sei que não posso, que me mostras quando estou errada da melhor forma, à tua maneira. já te disse, e repito, que não és o melhor namorado do mundo, és a melhor presença, porque não só olhas para mim, como olhas por mim, e isso enche-me de sorrisos e de suspiros como se gostasse assim pela primeira vez. e se for? é a melhor sensação do mundo.
costumo dizer que não és deste planeta, e ainda bem.

sabes que mais? és demasiado diferente pra te deixar fugir (...)

love you, perfection.