4 anos & 3 meses de mil saudades.
Não te tenho escrito, super-homem. Não te zangues por isso. A falta de tempo tem-me sufocado as palavras, que acredita, ja têm sido poucas e a culpa é da escola, de quem inventou os livros e as médias para a faculdade.
(mas que disparate, eu não iria viver bem sem livros.)
Tenho andando tão assustada com este crescer rápido. Nem sabes. E mais uma vez -mais uma de milhões- assustada com a tua falta. E esta tua falta combate o que costumam dizer, «o tempo cura tudo». Atenção, cura tudo, nem sempre a saudade.
Cura tudo, mas não cura a falta que fazes. E a que fizeste no meu último aniversário, nem imaginas. 18 anos, estou uma mulher não achas? Uma mulher crescida mas nem tanto como ás vezes parece.
Os meus passos pela casa, até durante a noite, nestas noites quentes em que me apetece sempre beber alguma coisa, sentem a tua falta. Parecem mais silenciosos, mais preocupados e mais cuidadosos.
E ainda me pergunto quando voltaria a ver-te. É que o teu sorriso sempre foi lindo, acho que dos mais bonitos que já vi até, e é desse sorriso que tenho saudades, e das gargalhadas, e das brincadeiras e dos raspanetes. Não me canso de dizer-te, só gostava que estivesses aqui.
E espero sinceramente que estes meus passos continuem a ser cuidadosos quando vou buscar água, e que um dia destes venhas dar-me um beijinho de boa noite, tão brilhante como a lua.
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