Olá, vejo muito de mim em ti.

É verdade. São 00:28 e o que me ocorreu no momento, foi o que me despertou vontade de escrever um bocadinho, de escrever-te, da lamechice, dos meus (pequenos) desabafos bons. Como faço sempre que assim preciso. Vejo muito de mim em ti. E concordo se achares esta frase até um pouco estranha, mas começo a ver de facto o quanto consegues ser parecido comigo mesmo sem que notes, e penso que não deves mesmo nota-lo. Sabes uma coisa? Às vezes, quando falas em tom de desabafo, fico com a sensação de que estou a ouvir-me a mim mesma a falar, quando falas muitas vezes do facto de nem sempre perceberem que também sabes «falar a sério» ou que não é por estares sempre a rir que também não tens os teus momentos menos bons, entre tantas e tantas coisas. A verdade é que, sem precisar de descrever muito do que ouço, posso dizer que sinto muitas vezes o que sentes. Podes crer que sim.
Sei que nem sempre te digo tudo o que penso, que sinto ou o que acho, sei que por vezes consigo ser parvinha com este meu feitio que tanto te aponto a ti, e que às vezes exijo demasiado de ti, mas imaginasses tu aquilo que vejo em ti (...)
Vejo em ti, todos os dias, uma das melhores pessoas do mundo e arredores* you know, apesar de também me conseguires irritar e apetecer-me partir-te em mil pedacinhos, dizeres as mesmas expressões 50 mil vezes por dia sem te cansares e passares a vida a gozar com o que digo, tens uma paciência maravilhosa para lidar comigo, e isso conforta-me. Tal como posso não te conhecer tão bem assim, mas acredita que, do que conheço, já posso orgulhar-me. Da forma de como me tentas fazer sentir melhor quando estou menos bem, da forma paciente que me ouves quando preciso e das piadas parvas que mandas que tanto me fazem rir.
É isto mesmo, vejo muito de mim em ti, porque também tenho as tuas atitudes, as tuas palavras, as tuas inseguranças quem sabe, tantas vezes, também sem reparar, porque começo a lidar mais comigo, contigo, porque tenho este apego chato e protector que não me deixa ficar sem me zangar contigo quando fazes alguma coisa que acho menos correcta. Que me faz querer sempre o teu bem, que estejas feliz, e acima de tudo que te valorizes, e percebas que não precisas de mudar por ninguém. right?
Gosto muito, milhões de ti, porque me apeteceu, sabes? E porque vejo tanto de mim, em ti. *

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