sábado, 17 de maio de 2014

motivos & abraços à vida

Todos nós, todos os dias, precisamos de motivos para ter força para continuar, todos nós temos objetivos e, em todos eles, é preciso força para abraçar todas as oportunidades, e principalmente, encará-las com um sorriso carregado de esperança.
Precisamos, é claro, de alguma coisa para acreditar. Para acreditar muito, com o coração. E acreditar tem muito que se lhe diga. Tenho acreditado, já desde pequenina, que a vida me reserva o melhor, amor, alegria, fé, paz de espírito. Tenho acreditado sempre que apesar de tantos obstáculos que o destino nos traça, vou conseguir ser alguém mais forte, alguém que saiba lutar. Que saiba abraçar a vida.
Ás vezes não é fácil, e aí que o acreditar passa a ter muito que se lhe diga. Nem sempre a vida é branda connosco, nem sempre tomamos as melhores decisões, o que realmente nos faz feliz.
Quantas vezes todos nós já pensamos: "É esta a vida que quero viver?", se calhar, verdadeiramente, nenhuma. Se calhar nunca nos questionamos realmente, o que é que queremos para nós, qual é a vida que queremos viver. Todos os dias tomamos decisões que vão influenciar o nosso futuro, mais tarde ou mais cedo, pequenas ou grandes decisões, são essas que vão construir a vida que supostamente queremos para nós, a nossa vida.
Essa foi uma das questões mais importantes que me ocorreu durante estes dias, e sorte a minha, a resposta foi algo do género ''sim, eu quero esta vida para mim, esta, e mais ainda". Desejo muito todos os dias, e dizem que desejar é um dos passos mais importantes para realizar. Sim, eu quero esta vida para mim, eu quero ser psicóloga um dia, quem diria. Eu quero enfrentar todos estes obstáculos que a vida me traz para, um dia, chegar a casa num final de tarde e dizer "hoje fiz alguém sentir-se melhor." Quero poder ajudar alguém a ser feliz, ou, pelo menos, a não viver a vida com tristezas. Porque afinal, não é esse um dos maiores objetivos de tanta gente, alcançar a felicidade? Ser-se feliz há-de ser sempre relativo, no entanto, continuo a achar que a felicidade é feita de momentos e são esses momentos que precisam de ser construídos, construídos, principalmente, através das nossas decisões.
Posso afirmar que fazer alguém sentir-se melhor será a maior realização de todas, a que eu esperava para mim. Porque eu também quero (continuar a) ser feliz, com todas as coisas preciosas que a vida me dá, que, felizmente, são ainda muitas.
Perdi muitas coisas ao longo destes quase 21 anos. Perdi pessoas que amava com todo o coração, perdi momentos que deveria ter agarrado, perdi tempo a pensar no que seria melhor para mim, perdi oportunidades, tantas, perdi principalmente a oportunidade de dizer ao meu avô o quanto o admirava e respeitava, e que, para mim, ele seria sempre um herói. E essas oportunidades não voltam.
Mas ganhei também pessoas que me enchem de felicidade todos os dias, de mimo, de boa energia, ganhei momentos que soube aproveitar porque sabia que podiam não voltar, aliás, nenhum momento volta, todos são únicos, também aprendi isso. Ganhei uma lição muito importante: há que dizer às pessoas, de uma forma ou de outra, o quanto são especiais e importantes na minha vida, antes que seja tarde. Ganhei fé. E por isso, posso dizer que a vida me deu de volta quase tudo o que me tirou.
Todos os dias tomamos decisões que nos vão influenciar mais tarde, e a minha decisão hoje vai ser sorrir. Porque não? Vou também continuar a acreditar, acreditar sobretudo que posso ser assim, tão eu, e ser feliz, ao aproveitar tudo o que me pode fazer sentir bem. Vou sorrir, então.
E vou tentar sempre, mesmo quando seja difícil, abraçar a vida.

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