andamos a sobreviver de olhos fechados, abram os olhos e vivam! porque a vida é um quebra-cabeças magnífico, cheio de tesouros escondidos...

(miguel p.)

por vezes, se as pessoas compreendessem nos meus olhos o medo que sinto em descobrir todos os tesouros que a vida nos trás, só pelo simples facto de os entender como algo que chega mas depois, logo logo, se vai embora. assim como as pessoas que amamos. nem sequer valorizamos, nunca sabemos nada e achamos que entendemos tudo, mas depois, quando alguém que é um pouco de nós se vai embora, custa tanto que a nossa cabeça fica confusa, com medo e com tantas inseguranças que parece até que perdemos o chão, ai, o chão não, o céu, de cor azul que tanto adoro.

ontem reflecti imenso, aliás, tenho pensado em tudo todos os dias e, ultimamente, não tem sido fácil aceitar várias coisas que me têm magoado e custado a entender.

quero sempre viver a vida, sempre e intensamente. assim aprendi, com a pessoa mais fantástica que existiu à face da terra, o meu avô. vivo muito, acreditem que vivo e sorrisos não me faltam. mas em dias como estes que tenho passado a insegurança ataca-me e fico sem saber como lidar com ela, as saudades, as desilusões, os medos. o que faço com isto? o que fazemos com o que não gostamos? deitamos ao lixo? mas assim não crescemos com os erros e mágoas, não é?

vai realmente custar-me a entender que, por vezes, as coisas não são como queremos, que o céu nem sempre está azul porque chega a chuva e as nuvens negras.

a chuva vai chegar agora, verdade?

mas disse-me a minha madrinha e muito bem, há poucos dias atrás: não esperes que a tempestade passe, aprende a dançar na chuva.

se é que me entendem, eu vou ser sempre forte, estes dias estão a custar-me, e vão custar-me até que eu aprenda a dançar na chuva, porque ainda vão existir mais coisas e pessoas que me vão desiludir, e eu só tenho de aprender a guardar o bom que me deram e aí sim, viver, viver como sempre fiz, feliz. (o caminho, é em frente...)

Obrigada a todos, ma friends.