domingo, 11 de setembro de 2011

Um dia perguntei-me, aqui: se não fosse a minha mãe, quem me aqueceria o coração quando o cansaço me invade os ossos? Quem, com voz baixa e meiga, me dissiparia as dúvidas e os receios, quando o mundo de vez em quando se lembra de me chatear e se transforma num monstro ameaçador?

Pois ninguém. Ninguém o faria melhor do que ela.
Ninguém o faz, com certeza, melhor do que ela. Ninguém me acalma a revolta desta forma, quando os problemas teimam em chegar. Ninguem me torna o coração doce desta maneira, quando às vezes, zangada, me apetece torná-lo azedo.
Sabem uma coisa? É a minha mãe que me faz as malas para eu ir de viagem sabendo que lhe dói o simples facto de eu passar fora uns dias. É ela que me diz «Corre atrás do que queres Inês,», mesmo que isso implique um dia eu estar longe dela. E foi ela quem me conseguiu dizer tantos e tantos não's que um dia odiei. E ela sabia que eu os odiava, ela sabia que eu ficava furiosa, e ela disse-os sempre, sem medos. Porque foram esses «não's» que me ajudaram a tornar uma mulher. Que hoje me fazem perceber que afinal a vida não pode ser sempre fácil e como eu quero.
É a minha mãe, que guarda os meus maiores segredos, as minhas maiores asneiras, as minhas maiores aventuras e parvoíces. Mas sobre tudo isso, o meu maior amor. O meu maior amor, o maior de todos, é da minha mãe. E soubesse ela a admiração que lhe tenho.
 A minha mãe, não, a minha maravilhosa mãe, dissipa-me as dúvidas e os medos como se parecesse tudo melhor. Com poucas palavras ensina-me a ser segura, a enfrentar o que me espera. A tomar decisões, que podem nem sempre ser as melhores, mas são minhas. Talvez nossas.
É que, cá para nós, o meu coração é dela. Amar é tão, mas tão isto. Mostrar-lhe que com um pequeno enorme sorriso eu posso ajuda-la a fazer as minhas malas, então, e que posso correr atrás do que mais quero levando-a sempre comigo no coração. No nosso coração.
Nunca te esqueças de uma coisa, Mãe, tu és a verdadeira mulher da minha vida, repito, a melhor mulher do mundo, para mim. És a melhor estrela do céu, o melhor raio de sol. E nunca, em situação alguma vou deixar-te. Nunca te esqueças, popoti, que as nossas mãos vão estar sempre dadas de uma maneira tão forte.
Lembra-te, então, que és a melhor coisa da minha vida, mesmo quando te parece que não. Mesmo quando faço coisas que não gostas. Não há nada que me faça amar-te menos.
E se hoje dizes orgulhar-te da mulher que me tornei, do meu crescimento, das minhas lições. Devo-o a ti. O meu coração enorme, é nosso, também foste tu a construí-lo. Com todos os apoios, os peluches, os beijinhos de boa noite, Mãe, as brincadeiras, as partilhas. Foste tu, que me fizeste e me fazes ser tão feliz. É então por isso que te agradeço. por mais que um agradecimento possa parecer vulgar, obrigada.
E já agora, quando o mundo se transforma nesse monstro ameaçador, sabes ser a melhor heroína de sempre.

*

1 comentário:

  1. Guarda para sempre a tua mãe, pois ela é o que de mais precioso tens <3

    (e é muito simpática que eu bem sei)

    Beijinhos e continua a escrever palavras tão bonitas como estas :)


    Sofia*

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