segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A idade de ser feliz.

Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realiza-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encontrar com a vida e viver apaixonadamente, desfrutar tudo com toda intensidade, sem medo nem culpa de sentir prazer. Fases douradas em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e, vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores, e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo novo, de novo e de novo, e quantas vezes for preciso.
Essa idade, tão fugaz na vida da gente, chama-se presente e tem a duração do instante que passa.  -Mário Quintana
É que eu nunca fui pessoa de deixar de acreditar, por um pouquinho que fosse, que todos nós temos o nosso presente. A nossa felicidade, a nossa idade para ser feliz. A nossa esperança e fé.
Sempre fraquejei, como qualquer ser humano, mas nunca desisti. Sempre me queixei, mas nunca coloquei essas queixas em primeira posição, sempre as consegui deixar de parte para, claro, continuar a minha caminhada. Eu continuava as minhas caminhadas sempre com esperança e força -and there will come a time, you'll see, with no more tears, and love will not break your heart, but dismiss your fears, get over your hill and see what you find there, with grace in your heart and flowers in your hair- acabava sempre por ser assim. A vida nunca me assustou como assusta agora, e nunca me fez achar que era melhor desistir, como me fez, agora, por momentos. Talvez seja esta a derradeira fase. A que me testa, a que me cansa, a que me faz querer fugir. E, mesmo assim, eu continuo a tentar.
Eu disse, tantas e tantas vezes, que crescer era uma etapa complicada, se calhar das mais complicadas da vida. Mas está na altura de eu caminhar sozinha. Ou melhor, de continuar a caminhar, e deixar estes medos de parte, estes que me têm feito tropeçar.
Está na altura, de eu conseguir juntar a felicidade que sempre me acompanhou, à força que aprendi a ter e às liçoes que tanto juntei para chegar onde estou hoje. Chegou à altura de mostrar, principalmente, às pessoas maravilhosas que me estão a conhecer melhor, o quão fantástica eu consigo ser. A força que eu posso ter. Mesmo que caia e fraqueje, eu posso ser grande, basta querer e tentar.
E um dia, quando olhar para trás e reparar que percorri um caminho dificil, vou sentir orgulho, porque tentei. Mesmo que não chegue ao objectivo que tanto esperei, eu cheguei a uma meta enorme, a de ter lutado.

I'm thankfull.

1 comentário:

  1. Tão pouco tempo passou e já pude testemunhar a tua força ( porque foste e és forte, mesmo que não o consigas ver), a tua lealdade, as tuas fraquezas, as tuas felicidades e tristezas. Temo que não haja muito mais para me mostrar, mas se me quiseres surpreender, estaria aqui, nem que seja para te abrir os olhos. Tal como já te disse, são os momentos mais complicados que nos definem e que nos acompanham para a vida. E sim, vais sentir orgulho quando olhares para trás e vires o maravilhoso caminho que percorreste, mesmo que seja cheio de obstáculos. Repito, tenho muito orgulho em ti!
    Ivone

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