Disfarces.

Quando era pequenina, adorava disfarces, gostava do carnaval porque podia ser uma bruxa, ou uma princesa, dependendo dos meus gostos num determinado ano, podia ser o que quisesse e achava isso o melhor do mundo. Talvez algumas pessoas não saibam mas, chega a uma certa altura que uma máscara deixa de ter piada.
É por isto mesmo que hoje odeio disfarces. Odeio máscaras, odeio a ilusão das pessoas, isto para não lhe chamar de hipócrisia ou maldade. Não gosto do quanto as pessoas disfarçam o mal que fazem, principalmente quando se mascaram de felizes. A verdade é que hoje em dia já ninguém aguenta nada, já ninguém gosta da verdade, da transparência, da essência de alguém. Mascaram-se corações, moldam-se personalidades e acomodam-se atitudes porque é melhor «deixar estar», do que mudar e ser diferente do resto das muitas pessoas à nossa volta.
E as coisas que a vida se encarregou de incutir? A simplicidade, o acreditar, o ser único, a mudança quando se está mal. E a vida? E nós?