sábado, 13 de setembro de 2014

"Sempre fui assim. Sempre pensei muito nos outros. Sempre me preocupei em amar acima de mim, em amar acima de tudo o que sou. Talvez por isso tenha sofrido um colapso interior letal. Sempre me preocupei em dar-me a quem amo como quem ama – de verdade, percebes? Tombei. Caí de mim. Sucumbi ao peso bruto da perda de quem amava.
Não custa admitir o tombo que se dá, aquele que nos empurra contra o chão gelado da tristeza, quando o tombo nos serve para aprender. São os erros que nos fazem aprender. Mas não são apenas os erros que nos ensinam, claro que não, é também a vida que nos diz o caminho certo. A vida está sempre certa - suponho. Nós não – tenho a certeza. Mas há quem viva de certezas, de presunções, até a vida os levar para o caminho certo. Ou a morte, claro."


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