quarta-feira, 5 de outubro de 2016

É só quando perceberes que este mundo não é o teu, Inês, que vais ser realmente feliz.
Que estes silêncios e ausências que te apertam o coração não são teus. Porque tu não és assim. Porque tu não estás primeiro, Inês.
E hoje questionas-te porquê. Porque não era suposto ser assim, porque queres tanto poder dizer que só faz falta quem cá está. Porque é por quem mais fazes que mais és magoada. Porque queres exigir o que dás. Mas o mundo não é assim, Inês, este mundo não é o teu.
Estas dores que tomas quando vês alguém sofrer, esse esforço para nunca deixares de estar presente quando és precisa, não é preciso, pequena, podes acreditar. Porque olha só, onde está o mundo quando mais precisas dele, Inês? Onde está ele quando mais tens medo e mais te dói?
Hoje és tu e eu, Inês. Somos apenas nós e por isso vamos manter-nos firmes, felizes e cheias de esperança, como sempre.
Hoje não precisamos de ninguém, porque este mundo nem sequer é nosso.

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