terça-feira, 19 de julho de 2011

Pequenos abraços, enormes.

Já há um ano as borboletas não chegavam e eu sempre gostei delas. Aliás, sou apologista de que todos os seres humanos sentem falta das borboletas em guerra dentro da cabeça, da barriga ou do coração, e que viver sem elas é como não sentir a chuva na cara de lés-a-lés quando a vontade de respirar ar puro é maior.
Já há um ano não as sentia, como se não existisse comparação possivel. E sinceramente, que falta me faziam!
Sempre ouvi dizer que existem pessoas que tornam o sol numa simples mancha amarela, mas outras que conseguem tornar uma mancha amarela no sol. Pois eu concordo plenamente. É que, para mim, ultimamente até os dias de chuva são os mais bonitos. Chamo-me lamechas, o que for. Mas como as borboletas me faziam falta. E é um turbilhão delas. E sabe tão bem. Não parece haver nada melhor sequer, talvez nem eu queira que exista.
Está finalmente tudo a indireitar-se na minha vida, e que dure muito tempo esta fase de euforia e felicidade que, cá p'ra nós, parece não ter fim. Acho que já merecia.
Já há um ano não saía de casa a correr sem medo de nada, com um sorriso parvo na cara, com um nervosismo engraçado que me faz ter um jeito unico de parvoíce, da mais espontanea que há, isso sim. Já há muito tempo que não me sentia envergonhada deste jeitinho, de menina, que as pernas não me tremiam, como se o chão me fugisse também. 
E não preciso de muito para construir esta felicidade enorme. São momentos tão simples, em que a unica coisa que tive de fazer foi valoriza-los agora, mais ainda, apoiar-me neles. E se tropeçar outra vez, que seja, não seria nem a primeira nem a útilma vez a fazê-lo e iria levantar-me como sempre fiz. Estou pronta, e estou quase pronta a enfrentar a vida que, felizmente, me espera. Em qualquer ponto principal. Sem guarda-chuva se preciso for. E nada melhor que isto.
São estas palavras, que aqui escrevo, que são a minha companhia tanto na felicidade como nos momentos menos bons, que estão comigo agora, depois, quando as quiser re-ler. E a escrever, com certeza não me sinto sozinha. Nesta nova fase da minha vida, nesta enorme mudança positiva também, há-de correr tudo bem.

Ah, e já agora, foram as tais coisas simples que trouxeram as borboletas de volta, as borboletas, na barriga e no coração.

2 comentários:

  1. isto é mais uma fase boa na tua vida. como disseste, já merecias. aproveita bem essas borboletas mani, :) <3

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  2. este texto é um sensação de amor-ódio da minha parte....

    e é isso que o torna óptimo... se fosse só "ei gostei" nem ias entender o quão bom o acho
    amor: pois descreve tudo como é. eu li e tive mesmo aquela sensação " (tipo sorriso de saudade) ei fodasse é mesmo, tá tudo dito..(ler mais um pouco)... agora é que disseste tudo". identifiquei me com o texto e acho que se identifica com todos (o que é das coisas principais senao o principal).
    ódio: pois é o que me falta...eu ainda estou de um lado.. e de um lado que estou há muito e que não pass
    o daí que me leva a questionar "fodasse o que é que eu tenho "... e é muito tempo desse lado mesmo... é como tás a subir a montanha para finalmente esquiar. eu já estou a subir à muito, já fiz um bocadinho de sku, já vi a paisagem e sei o que me espera quando chegar ao cimo... mas nunca esquiei...
    não sei se entendes o que quero dizer ou se é parvo... mas é por isso que é amor-ódio
    a sensação era sobre o que eu senti, não sobre o que o texto transmite

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