Dias assim, até amanhã.

Hoje é um dia semi-sim.
Semi-sim, digo eu, porque estou naqueles dias parvos em que a máscara da brincadeira cai e me sinto um bocadinho magoada, um bocadinho grande talvez. É que as coisas nem sempre são tão fáceis como eu penso, ou melhor, como eu quero pensar.
Ás vezes dou-me a conhecer demais às pessoas, outras vezes de menos, talvez. Tem alturas que penso ter falado de mais, mostrado de mais. E tem outras que penso que me calei nas alturas erradas e que devia mostrar às pessoas um pouco mais de mim. Do que sou. É que eu posso ser muita coisa, apesar de nem sempre -ou quase nunca- acreditar nisto que escrevo agora.
Também tem outras vezes que me entrego demais, esta ultima fase foi uma delas. A verdade é que, um dos meus enormes defeitos, é acreditar sempre que valem a pena, estas apostas que teimo em fazer. É acreditar que todas as pessoas podem ser sinceras, equilibradas, honestas. Esqueço-me que não é bem assim. Hoje lembrei-me que existem pessoas que escolhem caminhos errados, e esses caminhos, por vezes, magoam-nos a nós e ao nosso coração. E o meu coração não se cala (...)
Eu só tenho de me mentalizar que na vida vão existir muitas pessoas a magoar-me, a tentar derrubar o sorriso que tenho todos os dias, mas que não sou menos do que ninguém. Eu não sou menos do que ninguém. E não posso permitir que me voltem a fazer pensar isso.
Não me arrependo de nada, tudo o que fiz, o que disse e tudo o que vivi foram lições na minha vida. Umas fantásticas, outras nem tanto. Mas é assim que tem de ser. Se não existissem fases más, não davamos o devido valor às fases boas. E ainda bem que existiram na minha vida pessoas que optaram pelos ditos caminhos errados. Assim eu aprendi a optar pelos certos. E é isso mesmo que hoje me faz feliz, concretizada. Que me faz crescer sempre mais um bocadinho.
E eu repito, caso alguém não tenha percebido, não me arrependo de nada, tudo o que fiz e tudo o que faço guardo, guardo para aprender, para amanhã viver melhor, para ser assim, sempre eu.
Dói sim, hoje dói, mas aprendo. Aprendo sempre que vale a pena e que ninguém tem de amar-nos mais do que nós a nós mesmos. Tem de ser assim. Sou feliz. E ninguém mais me vai fazer pensar o contrário.

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